sábado, 29 de outubro de 2011
terça-feira, 7 de julho de 2009
Todos os Problemas se Dissiparam
Todos os Problemas se Dissiparam
(...) esta melancolia sombria, acumulada em mim por um pensamento constante, um pensamento muito acima do meu alcance: que tudo na vida não tem importância.
Sim, este pensamento ocupa-me há já muito tempo, mas a convicção completa só apareceu em mim, no ano passado. Tudo é sem importância, eis a verdade. Existirá o mundo? Ou não haverá nada em nenhuma parte? E tive a revelação de que não há nada à minha volta. Parecia-me, no entanto, que até essa altura estive rodeado por seres estranhos a mim, mas compreendi que eram aparências infrutíferas. Nada existiu, nada existe, nada existirá. Deixei logo de me irritar com os outros e de me ocupar deles. Palavra! Até chocava com os transeuntes, de tão alheado que estava. Contudo, alheado por quê? Tinha deixado de pensar. Tudo me era indiferente. Ainda se eu procurasse resolver os grandes problemas! Eu não resolvia nada, os problemas bloqueavam-me em vão; tudo se tornou para mim sem importância, e todos os problemas se dissiparam.
Fiodor Dostoievski, in 'O Sonho de um Homem Ridículo'
(...) esta melancolia sombria, acumulada em mim por um pensamento constante, um pensamento muito acima do meu alcance: que tudo na vida não tem importância.
Sim, este pensamento ocupa-me há já muito tempo, mas a convicção completa só apareceu em mim, no ano passado. Tudo é sem importância, eis a verdade. Existirá o mundo? Ou não haverá nada em nenhuma parte? E tive a revelação de que não há nada à minha volta. Parecia-me, no entanto, que até essa altura estive rodeado por seres estranhos a mim, mas compreendi que eram aparências infrutíferas. Nada existiu, nada existe, nada existirá. Deixei logo de me irritar com os outros e de me ocupar deles. Palavra! Até chocava com os transeuntes, de tão alheado que estava. Contudo, alheado por quê? Tinha deixado de pensar. Tudo me era indiferente. Ainda se eu procurasse resolver os grandes problemas! Eu não resolvia nada, os problemas bloqueavam-me em vão; tudo se tornou para mim sem importância, e todos os problemas se dissiparam.
Fiodor Dostoievski, in 'O Sonho de um Homem Ridículo'
Às vezes eu tenho a visão de um mundo de seres humanos felizes,
vigorosos, inteligentes, nenhum opressor, nenhum oprimido.
A humanidade inteira é uma única família,
e podemos ser todos felizes ou todos miseráveis.
Passou o tempo em que podia existir uma minoria feliz
vivendo sobre a miséria da grande maioria.
Isto se foi para sempre.
As pessoas não o aceitam mais; por isso devemos aprender
a tolerar a felicidade do próximo.
BERTRAND RUSSELL
vigorosos, inteligentes, nenhum opressor, nenhum oprimido.
A humanidade inteira é uma única família,
e podemos ser todos felizes ou todos miseráveis.
Passou o tempo em que podia existir uma minoria feliz
vivendo sobre a miséria da grande maioria.
Isto se foi para sempre.
As pessoas não o aceitam mais; por isso devemos aprender
a tolerar a felicidade do próximo.
BERTRAND RUSSELL
Sem Privação Não Há Felicidade
Sem Privação Não Há Felicidade
O animal humano, como os outros animais, está adaptado para uma certa luta pela vida e quando, graças à sua riqueza, o homo sapiens pode satisfazer todos os desejos sem esforço, a simples ausência do esforço na sua vida afasta dele um elemento essencial de felicidade.
O homem que adquire facilmente as coisas pelas quais sente apenas um desejo moderado, conclui que a realização do desejo não dá felicidade.
Se tem disposição para a filosofia, conclui que a vida humana é essencialmente desprezível, pois o homem que tem tudo o que precisa ainda assim é infeliz.
Esquece-se de que privar-se dalgumas coisas que precisa é parte indispensável da felicidade.
Bertrand Russell, in "A Conquista da Felicidade"
O animal humano, como os outros animais, está adaptado para uma certa luta pela vida e quando, graças à sua riqueza, o homo sapiens pode satisfazer todos os desejos sem esforço, a simples ausência do esforço na sua vida afasta dele um elemento essencial de felicidade.
O homem que adquire facilmente as coisas pelas quais sente apenas um desejo moderado, conclui que a realização do desejo não dá felicidade.
Se tem disposição para a filosofia, conclui que a vida humana é essencialmente desprezível, pois o homem que tem tudo o que precisa ainda assim é infeliz.
Esquece-se de que privar-se dalgumas coisas que precisa é parte indispensável da felicidade.
Bertrand Russell, in "A Conquista da Felicidade"
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