segunda-feira, 18 de maio de 2009
Não sei se te vejo
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Não sei se te vejo. A luz escurece e essa é a cor do tempo a passar. Os meus cabelos negros. O meu vestido negro. Na terra, nas ervas, nas árvores, o negro cobre superfícies cada vez maiores. A noite chega lentamente e estende-se sobre as coisas em pequenas poças de negro. E o negro do meu vestido escurece ainda mais.
José Luis Peixoto
excerto de Antídoto, Temas e Debates, 2003
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